O backlog do produto deve ser uma lista de todas os épicos, features, histórias e tarefas relacionadas ao produto que a equipe precisa desenvolver, incluindo a divisão de responsabilidades e estimativas. Ele precisa também ser flexível para mudar de acordo com as necessidades do mercado (exemplo: o lançamento de uma nova funcionalidade em um produto concorrente). Devido a isso, um grande desafio na vida do PO é manter esse backlog priorizado, fatiado e organizado, de acordo com as necessidades dos seus usuários, stakeholders e mercado. No meu dia a dia já usei algumas técnicas para me ajudar no meio de um mar de itens, separei as que mais gosto de trabalhar:
Priorização inspirada na Lean inception
Já usei para facilitar, em reunião com os stakeholders, com o objetivo de priorizar as features, ou funcionalidades, a serem desenvolvidas nos próximos meses. De forma bem resumida, é uma votação, de 1 a 3, do quanto o usuário vai gostar da funcionalidade, qual o valor que ela traz para o negócio e qual o esforço para desenvolver.
MOSCOW
Para mim a mais rápida e de fácil entendimento para usuários, uso bastante no dia a dia, em refinamentos e planejamentos gerais. É basicamente um quadro, para ranquear com os envolvidos no produto, quais funcionalidades/histórias, esse produto deve ter (Must), Deveria ter (Should), Poderia ter (Could), Gostaria — não terei no momento (Would).
WSJF — Weighted Shortest Job First
Umas das técnicas que mais gosto, é um modelo de priorização usado para sequenciar por exemplo, Features, Capabilities e Epics, com o objetivo de criar o maior benefício econômico, calculando o custo relativo do atraso (CoD) e o tamanho do trabalho. Esses itens são pontuados (pode ser através do fibonacci), de acordo com:
– valor de negócio
– urgência
– Risco
Que somados dariam o custo do atraso, que deve ser dividido pelo esforço para o desenvolvimento. Cada item tem um total, o com o maior valor é o de maior prioridade.
Matriz GUT
Já utilizei em momentos onde várias coisas eram muito importantes. Como funciona? Liste as funcionalidades ou histórias e crie um ranking para elas de acordo com Gravidade, Urgência e Tendência. Multiplique as 3 notas para obter o ranking dos seus principais itens a serem resolvidos.
Gravidade (impacto financeiro ou qualquer outro)
1. Sem gravidade;
2. Pouco grave;
3. Grave;
4. Muito grave;
5. Extremamente grave.
Urgência (é o fator tempo)
1. Pode esperar;
2. Pouco urgente;
3. Urgente, merece atenção no curto prazo;
4. Muito urgente;
5. Necessidade de ação imediata.
Tendência (o problema tende a piorar rapidamente ou se deve permanecer estável caso não seja solucionado)
1. Não mudará;
2. Vai piorar em longo prazo;
3. Vai piorar em médio prazo;
4. Vai piorar em curto prazo;
5. Vai piorar rapidamente.
Bônus: Coisas que não te contam sobre a priorização
- Nem sempre dá tempo de usar técnica para priorização
- Às vezes infelizmente acontece de a priorização vir top down, por conta de prioridades maiores da empresa/gestão
E aí me conta, quais técnicas você costuma utilizar para priorização?
Fontes:
https://www.caroli.org/sequenciador/
https://vidadeproduto.com.br/framework-moscow/
https://rockcontent.com/br/blog/matriz-gut/
https://medium.com/agileinsider/5-best-ways-to-prioritise-your-product-backlog-a761fadc8862
https://www.scaledagileframework.com/wsjf/
https://online.visual-paradigm.com/pt/diagrams/templates/moscow-method/moscow-template/